TÍE-SANGUE
Nome Científico: Ramphocelus bresilius
Família: Thraupidae
Ordem: Passeriformes
Distribuição: Ave brasileira em essência, o tié-sangue é encontrado da Paraíba até Santa Catarina.
Habitat: Capoeiras baixas, bordas de florestas, restingas e plantações. Às vezes é avistado em parques e praças das cidades, para espanto dos transeuntes.
Alimentação: Frugívoro, tem predileção pelos frutos da embaúba. Mas alimenta-se também de insetos e vermes.
Reprodução: O ninho é construído em forma de cesto e forrado de vários tipos de materiais, que vão de fibra de palmeira e de sisal à raiz de capim. A reprodução acontece em duas épocas distintas: na Primavera e no Verão (são de 2 a 3 posturas por temporada). A fêmea põe, em média, de 2 a 3 ovos (diga-se, verde-azulados e lustrosos, com pintas pretas). Embora só ela incube (o período é de 13 dias), após o nascimento vários indivíduos alimentam a prole. Os filhotes ficam independentes com cerca de 35 dias e atingem a maturidade sexual com um ano de vida.
Não dá para não enxergar o tiê-sangue na mata. Como o próprio nome adianta, ele tem cor de fogo. No contraste com a folhagem, parece acender a paisagem.
Como se não bastasse a plumagem, durante o acasalamento o macho ainda levanta verticalmente a sua cabeça, só para exibir ainda mais a base de sua mandíbula reluzente e branca (aliás, uma característica do gênero Ramphocelus).
Conhecido ainda como sangue-de-boi e tapiranga, mais uma vez a fêmea tem cores menos vivas: é parda nas partes superiores e marrom-avermelhada nas inferiores. Por outro lado, na mão contrária da beleza, o tiê-sangue não canta bem. Quando chama ou adverte outro pássaro, sua vocalização é considerada “dura” (ou pouco melodiosa).
Com 18 centímetros de comprimento, este pássaro não gosta de solidão: vive aos pares ou em pequenos grupos. A sua presença no litoral do Sudeste do País está associada a uma cultura agrícola: a da banana. Como é fonte de alimentação o ano todo, um grande número de espécies vive nesta faixa de terra.