Tartarugas, jabutis e cágados são perfis ideais para quem deseja inovar na escolha dos pets

Tartarugas, jabutis e cágados são perfis ideais para quem deseja inovar na escolha dos pets
Esses répteis fogem dos padrões convencionais, mas são harmoniosos e calmos.
Passos lentos, carapuças duras, figuras dóceis. As tartarugas, os jabutis e os cágados podem até fugir do perfil de animais comumente adotado nos lares brasileiros. Mas, são uma excelente alternativa para aqueles que procuram répteis fora dos padrões convencionais. Eles são calmos e curiosos.
Essas espécies de quelônios são passíveis de criação doméstica. Porém, se você está pensando em adotá-los por pensar que são fáceis de cuidar, desista. Como todo animal, alguns cuidados específicos com a alimentação e abrigo não devem ser ignorados. É o que explica o médico veterinário Marcello Oliva Brito. “Como a temperatura corpórea das tartarugas depende da temperatura ambiente, é preciso ter uma atenção maior, pois se o local está muito quente, ela vai superaquecer, da mesma maneira, se estiver muito frio, pode ocorrer hipotermia”, ressalta.
O médico ainda comenta que mesmo as tartarugas que vivem na terra precisam do contato constante com a água. “É preciso ter um aquário disponível, já que esse grupo necessita da água para a sobrevivência, a falta desse recurso pode ocasionar a morte do animal”, alerta.
Dados do IBGE apontam que 2,21 milhões de répteis e pequenos mamíferos são tratados como animais de estimação no Brasil. Em Montes Claros, também existem pessoas que curtem pets além dos tradicionais cães e gatos.
É o caso da estudante Júlia Rabelo. Ela conta que além de um cachorro, tem uma tartaruga tigre d’agua, que é a espécie mais comum de animais exóticos adotados. “Preocupo com a alimentação e os cuidados básicos. Coloco na água três vezes por dia para se alimentar. Tenho muito zelo, pois já são 10 anos que a tenho; já é um membro da família”, diz.
Tartarugas, jabutis e cágados
Muitas pessoas não conseguem distinguir a diferença existente entre as tartarugas, os jabutis e os cágados. Embora sejam aparentemente semelhantes, os três possuem características próprias. Por isso, para quem pretende adotar um deles, vale considerar cada perfil. O médico veterinário Marcello Oliva ressalta a principal diferença entre os três.
“As tartarugas marinhas são as que vivem na água, as que vivem na terra são denominadas de jabutis, enquanto as que vivem nos dois ambientes são chamadas de cágados. Além disso, a alimentação é diferente. A marinha, quando filhote, se alimenta incialmente de carne, e na fase adulta passa a ingerir também folhas; os jabutis são primariamente herbívoros e os cágados se alimentam tanto de folhagem, como de carne”, explica o médico.
Criação legal
Para a comercialização de um animal silvestre ou exótico como a tartaruga é preciso ter uma autorização. Antes, ela era emitida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos renováveis (IBAMA), mas atualmente esse serviço está em processo de transferência para ser realizado exclusivamente pelo Instituto Estadual das Florestas (IEF). O analista do IBAMA, Daniel Felipe Dias, explica como é feita essa autorização. “Os criatórios fazem a microchipagem dos animais de modo que seja comprovado que a comercialização é legalizada. Já para quem compra o animal basta estar munido da nota fiscal”, pondera.
Perigo de extinção
Fatores como a comercialização ilegal e a alimentação das tartarugas têm contribuído para a queda do número das espécies. De acordo com a lista vermelha de animais ameaçados de 2010, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), 58,8% das 228 espécies listadas de quelônios são consideradas ameaçadas de extinção. “As tartarugas são os animais mais ameaçados dentre os grupos dos vertebrados. Mais que aves, mamíferos, peixes cartilaginosos e anfíbios”, comenta Marcello.

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