Saia-roxa – Datura metel

Saia-roxa – Datura metel
Nome Científico: Datura metel
Sinonímia: Brugmansia waymannii, Datura aegyptiaca, Datura alba, Datura bojeri, Datura chlorantha, Datura cornucopia, Datura dubia, Datura fastuosa, Datura fruticosa, Datura humilis, Datura hummatu, Datura laevis, Datura muricata, Datura nanakii Pandeya, Datura nigra, Datura nilhummatu, Datura timoriensis, Stramonium datura, Stramonium fastuosum, Stramonium globosum, Stramonium infernale, Stramonium metel
Nomes Populares: Saia-roxa, Trombeta-roxa, Trombeta-dos-anjos, Babado-de-viúva, Zabumba-roxa, Manto-de-cristo, Anjo-da-trombeta, Trombeteira, Trompete-do-diabo, Trombeta-do-diabo, Planta-sagrada, Anágua-de-viúva
Família: Solanaceae
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Flores, Flores Perenes, Plantas Daninhas, Plantas Tóxicas
Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: Ásia, China, Índia
Altura: 1.2 a 1.8 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Anual, Perene
A saia-roxa é uma planta arbustiva, herbácea, florífera e ornamental, conhecida por ser tão bela quanto venenosa. Ela é nativa da Ásia, mas naturalizou-se por diversos países, principalmente sob clima tropical. De ramagem ereta e ramificada, ela cresce de 0.9 até 3 metros de altura, mas tende a se espalhar mais horizontalmente do que na vertical. As folhas são ovaladas, geralmente glabras, simples, inteiras ou lobadas, alternas, de cor verde escura a ligeiramente azulada e liberam um aroma desagradável quando amassadas ou podadas. Floresce do meio do verão até o fim do outono, despontando flores terminais, solitárias, eretas (diferentes da Saia-branca (Brugmansia suaveolens), de flores pendentes). Elas são grandes, hermafroditas e possuem forma de trombeta, podendo ter uma corola simples, dupla ou tripla e se apresentam nas cores branca, amarela, rosa, lilás ou roxo intenso, perfumadas ou não, dependendo da cultivar. Cada flor se abre por apenas um dia, e são atrativas para mariposas noturnas, suas principais polinizadoras. Os frutos que se seguem são do tipo cápsula, redondos e nodosos, ao invés de espinhosos, como nas outras espécies do mesmo gênero. Eles são deiscentes, abrindo-se quando maduros em quatro valvas e liberando assim numerosas sementes.
As Daturas Negras, da variedade D. metel ‘Fastuosa’, são especialmente procuradas para adornar os jardins. Elas possuem a ramagem negra, flores dobradas e que na maioria das vezes são roxas por fora e brancas por dentro, muito atrativas, como no exemplar das fotos que ilustram este artigo.
No jardim é uma espécie rústica, de baixa manutenção e versátil. Plante a saia-roxa em canteiros bem fertilizados, em linhas simples, junto a muros, ou em composições com outras plantas de texturas e cores diferentes, produzindo assim um contraste interessante. Se lhe oferecido um suporte, como pequenas treliças por exemplo, pode ser conduzida como trepadeira, com alguns amarrios. Não é necessário remover as flores mortas, e permite ser podada, para que renove a folhagem entre um ano e outro. Plante também em vasos e jardineiras, adornando pátios e varandas, o que é muito útil sob clima temperado, já que poderá ser movida para ambientes internos no inverno rigoroso, e depois retornar na primavera.
Além de suas óbvias qualidades como ornamental, a saia-roxa é reputada como uma planta ao mesmo tempo tóxica, medicinal e mágica, o que é comum às espécies do gênero Datura. Essas plantas possuem tropanos alcalóides, tais como escopolamina, hiosciamina e atropina, agentes anticolinérgicos que podem provocar delírios, midríase, taquicardia, hipertermia, amnésia, comportamentos estranhos e até mesmo violentos. Em altas doses, tornam-se um potente veneno. Em diferentes culturas, desde a Índia, China e Américas, as daturas vem sendo utilizadas há séculos por estes efeitos, em rituais de iniciação, xamanismo, mas também na medicina, principalmente para tratar a asma e o reumatismo. Todas as partes da planta possuem estas substâncias, que variam em quantidade, dependendo do órgão e da idade da planta, assim como da variedade, condições de cultivo, etc. Desta forma, seu uso como medicamento é bastante controverso e restrito, sendo difícil controlar a dose entre o tratamento e o veneno fatal.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Sob clima temperado, esta espécie se comporta como anual. Neste caso, recomenda-se plantar as sementes em estufa, em meados do inverno, e transplantar as mudas para o local definitivo após a última geada. Já em clima tropical ela pereniza, não necessitando replantio anual. Apesar disso, não é uma espécie longeva, e de tempos em tempos será necessário renovar os canteiros. Sensível ao frio intenso e geadas. Multiplica-se facilmente por sementes e estaquia dos ramos.

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