Orquídea-garça – Pecteilis radiata

Orquídea-garça – Pecteilis radiata
Nome Científico: Pecteilis radiata
Sinonímia: Habenaria dianthoides, Habenaria radiata, Plantaginorchis dianthoides, Habenaria dianthoides, Hemihabenaria radiata, Orchis radiata, Orchis susannae, Pecteilis dianthoides, Plantaginorchis radiata, Platanthera radiata
Nomes Populares: Orquídea-garça,
Família: Orchidaceae
Categoria: Bulbosas, Flores, Orquídeas
Clima: Subtropical, Temperado
Origem: Ásia, China, Coréia do Sul, Japão
Altura: 0.1 a 0.3 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Anual
Uma orquídea curiosa em vários aspectos, assim é a orquídea-garça, originária de planícies úmidas da China, Japão e Coréia. Atualmente encontra-se gravemente ameaçada de extinção, visto que seu habitat foi tomado por lavouras de arroz e pela urbanização. É possível encontrá-la em seu estado nativo, em altitudes acima de 500 metros, em terrenos acidentados e não agriculturáveis remanescentes no Japão. Ao contrário da grande maioria das orquídeas, que se comportam como perenes, a orquídea-garça tem um ciclo anual e pasmem: Forma raízes tuberosas, que permitem o rebrote ano após ano!
Na primavera e verão crescem as folhas, eretas, linear-lanceoladas, que dão à planta um aspecto de gramínea. No verão surgem as flores, sobre hastes acima da folhagem, em número de um a oito por planta. Durante o outono, a planta começa a decair, as folhas murcham e gradativamente se formam novas raízes tuberosas ao longo do rizoma. Já no inverno, as finas raízes da planta se decompõem, restando de um a três e, não raro, mais tubérculos, de cor marrom clara, ovóides e felpudos, que darão origem às novas plantas na próxima primavera.
A delicada flor branca desta orquídea possui um labelo dividido em três lobos. Dois laterais, finamente franjados, e um central, liso, que aponta para baixo. Este conjunto magnífico é o que dá o aspecto de garça, em pleno vôo, com as asas abertas. A flor apresenta ainda um longo nectário, com cerca de oito centímetros de comprimento, arqueado, de cor verde, abaixo do labelo. Uma orquídea surpreendente!
Alguns consideram esta planta de fácil cultivo, enquanto outros dizem que é bem difícil de desenvolvê-la. De fato, devido a tantas diferenças, seu manejo é diferente de qualquer outra orquídea que estamos habituados a crescer. Para os orquidófilos de plantão, pode ser um tremendo desafio. Mas, para jardineiros que já tem experiência com plantas carnívoras, o manejo da orquídea-garça pode ser considerado fácil, devido às semelhanças no habitat dessas diferentes plantas. O clima também tem grande influência na condução desta espécie, que prefere locais ensolarados, com alta umidade e estações bem marcadas para se multiplicar e florescer. Sob clima tropical, será necessário protegê-la de temperaturas acima de 30°C e sobretudo da estiagem, à qual não tolera por nenhum dia. Neste tipo de clima, a invernalização dos tubérculos deverá ser efetuada em geladeira.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em esfagno vivo ou misturas próprias para plantas carnívoras e mantido úmido durante o período vegetativo da orquídea. No inverno, quando a planta entra em dormência, o substrato deve se manter seco para que os tubérculos permaneçam sadios. A qualquer tempo tenha o cuidado de não encharcar o substrato, que necessita arejamento, evitando assim doenças e podridões. Não tolera a salinidade de regiões litorâneas. Fertilize com adubos próprios para orquídeas, com micronutrientes, preferencialmente inorgânicos. Utilize água descansada, livre de cloro e excesso de minerais durante as regas. Multiplica-se por separação dos tubérculos que se formam no outono/inverno. Plante os novos tubérculos a um centímetro de profundidade, com a parte pontuda apontada para cima, pois de lá sairão os primeiros brotos.
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