Conheça a ave Ema

Conheça a ave Ema

A ema é uma ave Rheiforme da família Rheidae. Comum, de forma localizada, em campos naturais, cerrados e áreas agropecuárias. Ela também é a única ratita da América do Sul.
É mencionada na música “O Canto da Ema” de Jackson do Pandeiro.

A ema gemeu
No tronco do juremá […]

[…] Você bem sabe
Que a ema quando canta
Vem trazendo no seu canto
Um bucado de azar […]

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) rhea = da mitologia grega, significa a grande mãe; e de americana, americanus = referente ao continente da América do Sul; “Habitat in America Australis” (Linnaeus 1758). ⇒ Grande pássaro da América do Sul.

Características

É a maior espécie de ave existente no Brasil. Os adultos medem entre 1,27 e 1,40 metro.
Tem o pescoço e as canelas compridos, não tem cauda e sua plumagem é pardo-acinzentada. Os machos se diferenciam das fêmeas por possuírem a região anterior do peito e o pescoço negros.

Subespécies

Possui cinco subespécies reconhecidas:

  • Rhea americana americana (Linnaeus, 1758) – ocorre nos campos do leste do Brasil, do estado do Maranhão até o estado do Rio Grande do Norte e ao sul, até o estado de São Paulo e norte do estado do Paraná.
  • Rhea americana intermedia (Rothschild & Chubb, 1914) – ocorre no sul do Brasil, do sul do estado do Paraná até o estado do Rio Grande do Sul e também no Uruguai.
  • Rhea americana albescens (Lynch & Holmberg, 1878) – ocorre nas planícies da Argentina ao sul da província de Rio Negro.
  • Rhea americana araneipes (Brodkorb, 1938) – ocorre do Chaco do Paraguai até a Bolívia e no Brasil, do estado de Rondônia até o estado de Mato Grosso do Sul.
  • Rhea americana nobilis (Brodkorb, 1939) – ocorre no leste do Paraguai, a leste do Rio Paraguai.

(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015; Clements checklist, 2016).

Fotos das subespécies de Rhea americana.
(ssp. americana) (ssp. intermedia) (ssp. albescens)
(ssp. araneipes) (ssp. nobilis)

Alimentação

Esta espécie é onívora, ou seja, come de tudo: sementes, folhas, frutos, insetos, roedores, moluscos terrestres e outros pequenos animais. Além disso, a ema come muitas pedrinhas, que servem para facilitar a trituração dos alimentos.

Reprodução

A ema só vocaliza na época do acasalamento, quando o macho produz um som profundo e potente, ouvido de longe, quase como o mugido de um grande mamífero. Em outubro, no começo da época de acasalamento, o macho reúne um harém de 5 a 6 fêmeas, escolhe um território e faz o ninho. Na época do acasalamento, os machos abrem as asas e dão os seus passos de dança. Também cantam à moda deles para as fêmeas (as notas do canto parecem roncos). Quando o ninho está cheio de ovos, cerca de uma dúzia, ele afasta as fêmeas e começa a chocá-los. Os ovos são brancos e pesam 600 gramas. Os que não vingam são colocados para fora do ninho e, ao quebrarem, atraem muitas moscas, cujas larvas, posteriormente, irão alimentar os filhotes. Os filhotes saem seis semanas depois e são cuidados pelo pai, que os defende dos inimigos naturais, como cachorros-do-mato, lagartos, gaviões etc. Quando se encontram dois bandos pajeados, os dois machos travam uma briga entre si, ganhando o vencedor a chefia de todos. Em dois anos estão adultos.

Hábitos

A ema é uma ave corredora que vive nas planícies da América do Sul, do Brasil até o sul da Argentina, vive nas regiões campestres, cerrados e áreas de uso agropecuário (em especial pastos e plantios extensos de soja sp.), mas apenas naquelas onde não é alvo de perseguição. Desaparece em locais em que a população humana é mais densa. Embora possua grandes asas, ela não voa. Usa as asas para equilibrar-se e mudar de direção na corrida. Se faz muito calor, a ema dorme durante o dia e sai à noite para alimentar-se de insetos, roedores, répteis, capim e sementes. Bebe pouca água. Quando algo muito próximo a assusta, abaixa o pescoço e afasta-se de repente num zigue-zague ligeiro, erguendo as asas e inflando a plumagem.

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