Abrunho, Prunus spinosa L, Rosaceae

Abrunho, Prunus spinosa L, Rosaceae
Sin. ou equiv. Abrunheiro, ameixa-brava (Port), black-torn-sloe (Ing), mère-du-bois (Fr), vegro (It), schlehe (Al).
O fruto é uma drupa arredondada de cor azulado-escura, de polpa ácida a amarga e caroço grande. A planta é um arbusto com 2 m, de ramos tortos e divergentes, com espinhos e de casca lisa, pardo-escura. As folhas são simples, inteiras, lanceoladas, serrilhadas, com a face inferior pubescente. As flores são brancas ou rosadas, pentâmeras, isoladas ou em grupos de duas a seis. Originada na Europa, adapta-se aos climas tropical e subtropical. Os frutos são utilizados para se fazer um licor muito apreciado. Várias partes da planta são medicinais. Usada em carpintaria.
A primeira vez que vi esta fruta, foi como na foto ao lado, azulzinha, azulzinha. Foi a primeira vez na minha vida que vi uma fruta azul. Espetáculo para meus olhos!
Perguntei prontamente o nome da fruta: Abrunho. Segurei o riso, pois na hora lembrei de um cantor português chamado Pedro Abrunhosa e já comecei a formular mentalmente algumas piadas.
Comprei meio quilo da fruta, levei para casa, lavei-as cuidadosamente. A casca fininha mudava de cor conforme o dedo encostava e, o “pozinho” azul que era a casca, ficava cor de ameixa ou preta. Mordi a frutinha com uma mistura de medo e gula. Surpresa! Por dentro ela era verde. Senti um azedinho que logo foi apagado pela doçura. É isso mesmo! Numa mordida senti um sabor que mudou do azedo ao doce como em passe de mágica, ressecando a boca e mantendo a mistura do doce e azedo. Que ameixa boa, pensei.
Mas sabe como é, caipira se deslumbra fácil. A fruta ainda estava um pouco verde! Passados uns dias tive a oportunidade de terminar meu meio quilo de abrunhos, comendo-os maduros – mas continuavam verdes por dentro pois a polpa é verde mesmo.
Depois da descoberta da fruta azul, fui conferenciar com meu pai. Como ele nunca tinha me contado que na terra dele existia uma fruta azul? E papai nem sabia do que eu estava falando…
O abrunho (endrina em espanhol) é uma fruta pequena, de casca fina e algo resistente, coberta por uma espécie de pó azulado, e formato ovalado. Tem a polpa verde e muito doce quando maduro, mas com um toque azedo como as frutas cítricas. O tamanho do fruto pode variar um pouco, dependendo do solo onde cresce a planta. Solos mais ricos dão frutos maiores e mais doces, solos mais pobres dão frutos menores e mais ácidos. O Abrunheiro (Prunus spinosa) é um arbusto que pode chegar a 4 metros de altura. É uma espécie silvestre e pode ser encontrada em toda a Europa, Ásia e norte da África.
É rico em vitamina C, e tem baixas calorias. Funciona como um excelente laxante natural, seja consumindo as frutas, seja fazendo uma infusão com as flores secas.
Da mesma família das ameixas e dos pêssegos, pode ser usado na culinária em qualquer preparado onde usaríamos ameixas, como em geléias e sucos por exemplo – desde que bem maduro.
Na Espanha, em Navarra, é feito desde o século XIX, em escala comercial, um licor chamado Pacharán, que acabou por tornar-se um licor tradicional na região. Os registros mais antigos do consumo deste licor, no entanto, remontam à Idade Média. O nome é uma versão acastelhanada da palavra basca Patxaran que, por sua vez, deriva da palavra basaran, nome que é dado à fruta neste idioma. Mas os abrunhos utilizados para a preparação do licor são os mais ácidos, pois é a acidez da fruta que dá o sabor especial a este licor. Se são muito doces, são ótimos para o consumo, mas não para a fabricação do Pacharán.
Este ano, lá por setembro/outubro, vou à caça dos abrunhos, dos graúdos e adociados para comer, pois ano passado não os encontrei. É, digamos, fruta um pouco desprezada, de menor importância, se comparada com os demais tipos de ameixas. Uma pena! Acontece que, por ser silvestre, o homem não controla sua produção. Só dá em um curto período durante o ano – e normalmente no mato. Preciso ir mais ao campo!
Quero fazer o Pacharán, por isto vou ver se tenho sorte de também encontrar os pequeninos e ácidos. Já até guardei uma receitinha. Mas se não tiver a sorte de achar esta jóia azulada, faço com ameixas mesmo. Também tem o vinagre de abrunhos, que apesar de nunca ter provado, pelo sabor da fruta, creio que seria uma excelente opção para temperar saladas.

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