Sumaré-da-praia – Cyrtopodium flavum

Sumaré-da-praia – Cyrtopodium flavum

Sumaré-da-praia – Cyrtopodium flavum

Nome Científico: Cyrtopodium flavum
Sinonímia: Tylochilus flavus Nees, 1832 (homotípico); Epidendrum polyphyllum Vell., 1831; Cyrtopodium paranaense Schltr., 1920; Cyrtopodium polyphyllum (Vell.) Pabst ex F.Barros, 1994; Cyrtopodium paranaense var. pickelii Hoehne, 1999; Cyrtopodium polyphyllum var. pickelii (Hoehne) L.C.Menezes, 1999
Nomes Populares: Sumaré-da-praia,
Família: Orchidaceae
Categoria: Flores, Flores Perenes, Orquídeas
Clima: Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul, Brasil
Altura: 0.4 a 0.6 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
O Cyrtopodium flavum é uma orquídea natural, simpodial, terrestre e psamófita (que aprecia locais arenosos e secos). Ela é conhecida popularmente como Sumaré-da-praia, e habita áreas de restinga desde o Rio Grande do Sul, até o Pará. O nome do gênero vem do grego Kyrtós (curvado), adicionado de Pódion (diminutivo de Podós = pé), ou seja, significa “pezinho curvado”, uma alusão à base da coluna, que é curvada para cima.
Já o nome da espécie deriva do latim Flavus (amarelo), por conta da cor das flores.

Sua nomenclatura é alvo de muita controvérsia, muitos botânicos e orquidófilos a consideram como Cyrtopodium polyphyllum, uma vez que alegam ter sido descrita por Velloso como Epidendrum polyphyllum em 1827, assim, quando foi transferida para o gênero Cyrtopodium, deveria manter este epíteto. Mas nos registros da Royal Horticultural Society (RHS), órgão internacional responsável pelo cadastro das orquídeas, a nomenclatura de Velloso está datada de 1831, um ano após ser tida por oficial. Para piorar, muitos orquidófilos antigos ainda a chamam por outro sinônimo: Cyrtopodium paranaense. Mas aqui optamos por seguir a RHS.

O C. flavum apresenta pseudobulbos eretos e cilíndricos, que se afunilam gradativamente até o topo. Os pseudobulbos mais velhos podem perder as folhas. Floresce entre a primavera até o início do verão, em hastes florais acima da folhagem, contendo em torno de 150 flores, com 2,5 a 4,0 cm de diâmetro cada, perfumadas e que duram cerca de 30 dias. Essa orquídea não entrega recompensas aos seus polinizadores. Ela simula as flores amarelas das plantas que vegetam próximas, como Stigmaphyllon arenicola (óleo) e Crotalaria vitellina (néctar).
Ela ocorre em elevações que variam do nível do mar a 1.100 metros. Aprecia clima ameno a quente, vegetando em solos arenosos ou rochas. Deve ser cultivada em vasos de plástico grandes com as seguintes sugestões de substrato. Um preparado com uma mistura de uma parte de turfa adubada, duas parte de areia grossa lavada, uma parte de terra vegetal e uma parte de húmus de minhoca com um fundo de drenagem ou, substrato preparado com três partes de areia, uma parte carvão vegetal, uma de casca de pinus e uma de pedra brita. Pode ser cultivado em canteiros também, diretamente no jardim, em berços preparados com boa drenagem e utilizando um dos substratos anteriores.

Deve ser cultivado sob sol pleno, com regas frequentes na primavera e verão, mas sem encharcamentos. Durante o inverno, o C. flavum entre em dormência, ocasião em que devemos diminuir as regas. Muito cuidado com os brotos novos que tendem a apodrecerem com o excesso de água. Adubação mensal pode ser realizada com adubo orgânico do tipo AOSP ou similar polvilhado por sobre o substrato. Um NPK equilibrado, de longa duração do tipo cote também é indicado, com dosagem conforme orientação do fabricante. A faixa de temperatura para o seu crescimento é ampla, variando entre 11 a 32ºC. Embora seja uma planta de sol pleno, em orquidário pode ser sombreada a 30%, sendo que o ideal é que a luminosidade seja superior a 52.000 lux. Aprecia umidade relativa do ar de 60 a 70%, com boa ventilação. Multiplica-se por divisão das touceiras, permanecendo cada nova muda com pelo menos quatro pseudobulbos adultos e interligados pelo rizoma, bem enraizados e com uma brotação guia.

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