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A síndrome do gato paraquedista pode criar certa confusão nos tutores. Afinal, por mais que os bichanos sejam ágeis e atléticos, é difícil imaginá-los praticando esportes radicais! Entretanto, esse nome diz respeito a uma condição comum, que pode afetar bichanos de todas as idades.
Se você tem um bichano em casa, é importante conhecer melhor esse problema e como evitá-lo. Convidamos um especialista para tirar todas as dúvidas sobre o assunto. Continue lendo para aprender sobre a síndrome do gato paraquedista!
O que é a síndrome do gato paraquedista?
O nome pode parecer curioso, mas a síndrome do gato paraquedista não tem nada a ver com praticar esportes radicais! Pelo contrário, esse é um problema nada saudável, que pode inclusive afetar a saúde dos bichanos.
O Dr. Ítalo Oliveira, médico-veterinário da Petz, explica que esse é um termo mais utilizado na Espanha, e que o nome brasileiro ajuda a compreender melhor o problema. “No Brasil, utilizamos mais ‘Síndrome da Queda de Grande Altura’”, explica.
Dessa forma, os indícios de gato paraquedista levam o bichano a cair de um local alto, correndo risco de sofrer grandes danos. Geralmente estão associados a pets que vivem em apartamento, mas qualquer bichano está sujeito a cair de uma grande altura.
Queda ou pulo?
Um ponto interessante sobre a síndrome do gato paraquedista é compreender por que o pet cai de uma altura tão grande. Afinal, os bichanos são conhecidos por seus ótimos reflexos e movimentos calculados!
O que levaria a essa queda? O Dr. Ítalo explica que, em muitos casos, o pet pode até realizar um movimento de pulo, mas ainda assim é considerado uma queda pelos especialistas. “Na maioria das vezes, está caçando borboletas, insetos ou passarinhos”, comenta.
Ou seja, durante uma brincadeira o gato se distrai e, sem querer ou sem pensar nas consequências, cai de uma altura considerável. O fato de ser uma surpresa para o peludo é o grande perigo, pois assim ele não possui tempo suficiente para se preparar para a queda.
Gato sempre cai em pé?
A agilidade dos peludos é muito conhecida. Quem nunca ouviu que os bichanos sempre caem em pé ou que possuem sete vidas? Porém, mesmo que nossos amigos sejam grandes ginastas, a síndrome do gato paraquedista ainda apresenta um grande risco.
Isso porque a queda de gato é uma surpresa para o bichano, que às vezes não consegue se preparar para o impacto. O Dr. Ítalo explica que os felinos possuem capacidade de encontrar uma pose segura para quedas, chamada de “posição anatômica quadrupedal”.
Não importa a posição em que estejam, seu sistema de proteção encontra uma forma de se posicionar e se preparar, chegando ao chão “de pé”. Quando o pet é surpreendido e não consegue assumir essa postura, ele pode sofrer grandes danos.
Que altura é perigosa?
A síndrome do gato paraquedista diz respeito a quedas de grandes alturas, sendo na maioria das vezes associada a prédios. Assim, o Dr. Ítalo explica que uma queda a partir do segundo andar já é considerada dentro da síndrome.
Porém, alturas mais baixas não significam necessariamente um perigo menor. De acordo com o veterinário, um estudo demonstrou que gatos que caem do 7° ao 10° andar apresentam menores danos que as quedas do 3° ao 6°.
Isso porque o bichano, ao cair de uma altura menor, não possui tempo suficiente para realizar a rotação do seu corpo e se colocar de forma segura. Dos andares mais altos, apesar do impacto ser maior, o peludo muitas vezes consegue se proteger.
Entretanto, vale ressaltar que qualquer queda é perigosa para os gatos. Quando um bichano pula, ele calcula seus movimentos e chega ao chão de forma segura e elegante. Em uma queda, ele não possui esse planejamento e sempre pode se machucar.
O que fazer em caso de queda
Mesmo para os bichanos conhecidos por seu porte atlético, uma queda pode ser um problema grave. Assim, é sempre necessário buscar auxílio de um veterinário. O Dr. Ítalo explica que mesmo quando o pet não apresenta machucados ou outros sinais externos, o especialista precisa ser consultado.
“Hemorragias internas, concussão cerebral ou contusão pulmonar não são identificadas sem um exame detalhado”, comenta. Além disso, vale ressaltar que os peludos adoram fazer pose de durão e dificilmente demonstram quando estão com dor.
Assim, ao perceber que o gato caiu de qualquer altura, procure auxílio veterinário o mais rápido possível. Somente o especialista poderá verificar os danos e iniciar o tratamento adequado.
Tratamento
A síndrome do gato paraquedista traz danos graves ao bichano. Quando o veterinário recebe em seu consultório um bichano que passou por uma queda, o primeiro passo é analisar o estado do pet.
Geralmente esse é um quadro que necessita internação, pois o peludo pode apresentar fraturas em diferentes pontos, hemorragia ou traumas em órgãos internos.
A terapia pode continuar em casa, por meio da administração de remédios e analgésicos. Vale lembrar que um dos principais pontos é evitar futuras quedas. E, para isso, é necessário tornar o ambiente mais seguro.
Crie um ambiente saudável
Todo tutor sabe como o pet torna nosso lar ainda mais especial. Com seus carinhos, brincadeiras e companheirismo, os peludos alegram nosso dia a dia. Entretanto, ser tutor também traz responsabilidades.
Então, saiba que criar um ambiente saudável é uma das principais. Colocar tela de proteção para janela é um ponto importante, pois as quedas trazem graves consequências para nossos amigos. Todos os pets estão sujeitos a acidentes.
Além da tela de proteção para gatos, outro ponto fundamental é oferecer brincadeiras e atividades para que o bigodudo se divirta e gaste sua energia. Com acessórios e brinquedos, o gato ficará distraído e se manterá longe da janela!
