SEU CACHORRO DESTRÓI TUDO EM CASA? DESCUBRA O PORQUÊ E COMO MELHORAR O SEU COMPORTAMENTO

SEU CACHORRO DESTRÓI TUDO EM CASA? DESCUBRA O PORQUÊ E COMO MELHORAR O SEU COMPORTAMENTO
Imagine a cena: você está voltando do trabalho, abre a porta de casa e se depara com uma verdadeira zona. São fios mastigados, portas arranhadas, objetos fora do lugar, almofadas rasgadas, vasos quebrados e areia por todo canto. O responsável por essa façanha? O seu cão. Esse comportamento dos cães, ao contrário do que muitos pensam, não é uma exclusividade de raças mais arteiras.
Na verdade, ele está ligado a diversas causas que podem incentivar direta ou indiretamente esses hábitos, tornando-os excessivos ou, até mesmo, compulsivos; o que faz com que o pet destrua tudo o que vê pela frente e cause prejuízos ao tutor.
Foi pensando nisso que preparamos este post completo sobre os motivos que levam seu cão a agir assim e sobre como tratar esse comportamento destrutivo do seu amigo de 4 patas. Confira!
1. COMPORTAMENTOS NORMAIS VS. COMPORTAMENTOS EXAGERADOS
Para começar, é importante que você entenda o que é um comportamento de cachorro considerado normal e o que é definido como exagerado.
Podemos dizer que são ações comuns e que fazem parte da natureza de qualquer cão:
mastigar objetos;
urinar em determinados espaços;
cavar buracos em locais com terra — como o jardim ou quintal.
Essas atitudes são intrinsecamente ligadas aos antepassados de seu cão. Ou seja, são completamente normais e vão estar presentes por toda a vida do pet. Em muitos casos, inclusive, são a forma de ele testar as habilidades e os instintos caninos que possui. Pode, ainda, ser sua maneira de interagir e descobrir o ambiente onde está inserido.
Contudo, há sinais de que algo está errado quando:
a frequência desses hábitos se torna muito recorrente;
um padrão (seja de horário ou de situações específicas na rotina) pode ser percebido;
o bichinho demonstra sintomas relacionados à ansiedade, ao tédio ou ao estresse.
Traduzindo, o comportamento natural se tornou algo exagerado ou até compulsivo. Ele pode estar sendo estimulado, dia após dia, por um ou mais fatores que o estão prejudicando não apenas fisicamente, mas também mental e emocionalmente.
É, então, que você deve agir para sanar o problema e promover mais qualidade de vida para o seu fiel companheiro.
2. 5 MOTIVOS PARA OS CACHORROS DESTRUÍREM AS COISAS DA CASA
Ao notar que o seu cachorro está com um comportamento exagerado ou compulsivo, como explicado no tópico anterior, é fundamental que você procure identificar as razões por trás disso. Essa é a única forma possível de lidar corretamente com o problema, afinal ele pode variar de cão para cão e depender de fatores externos, como:
a relação com o tutor;
o local em que ele permanece a maior parte do tempo;
o tempo que permanece sozinho;
a quantidade de exercícios e brincadeiras de seu dia etc.
Abaixo, listamos 5 dos principais motivos que podem causar essa situação.
2.1. O CACHORRO ESTÁ ENTEDIADO
Sim, ao contrário do que se pode imaginar, o tédio não é um sentimento exclusivo dos humanos. Muitos pets podem ficar entediados com sua rotina, e as causas para isso são inúmeras.
Eis alguns exemplos:
a falta de atividades físicas;
a ausência de outro animal ou de uma pessoa para brincar e se divertir;
a inexistência de objetos ou brinquedos que prendam sua atenção;
os longos períodos em um mesmo ambiente.
Outro fator que intensifica essa sensação negativa é a grande quantidade de energia que muitos bichinhos acumulam durante o dia e não têm como gastar apropriadamente — algo bastante frequente em cachorros mais jovens.
Como resultado, eles acabam procurando fontes de distração que os ajudem a canalizar o tédio e o estresse associado à situação em que estão. Por isso, mordem móveis, derrubam objetos, rasgam o estofado do sofá e por aí vai.
Ou seja, a falta de entretenimento e diversão levam seu cão a ter um comportamento destrutivo apenas para passar o tempo; especialmente quando você não está em casa, pois cada minuto longe parece uma eternidade para ele.
2.2. O CACHORRO ESTÁ ANSIOSO
Outro motivo que leva o pet a destruir tudo em sua casa é a ansiedade motivada pela separação. Isso porque o cachorro enxerga você como a figura que representa a liderança do bando — comportamento herdado de seus ancestrais.
Por essa razão, o desejo dele é estar sempre ao seu lado, acompanhando você aonde for. Contudo, é possível que ele crie uma dependência muito grande em relação à sua presença. Isso pode se tornar um grave problema, quando você precisar deixá-lo só para ir ao trabalho ou realizar qualquer outra atividade diária.
Nessas situações, ao perceber que você vai sair, o animal começa a ficar agitado, a latir e até mesmo a chorar. Isso se agrava quando você não está por perto, pois a frustração de não conseguir acompanhá-lo ou impedi-lo de deixar o local faz com que ele passe a destruir qualquer coisa que encontre pela frente.
Ou seja, ele não consegue se distrair enquanto está só, pois apenas tenta chamar sua atenção, para que você volte para casa e permaneça ao lado dele.
Além disso, esse quadro de ansiedade pode evoluir e se tornar uma doença grave conhecida como síndrome de ansiedade de separação, que desencadeia um misto de sentimentos —como medo e estresse — no seu amigo de 4 patas. Essas sensações fazem mal à saúde e ao bem-estar dele. Em casos mais severos, ele pode chegar, inclusive, a se automutilar.
2.3. O CACHORRO NÃO TEM OUTRAS OPÇÕES
Ao decidir cuidar de um cachorro, muitos tutores cometem um erro simples, mas que impacta as necessidades naturais do animal; eles não oferecem um ambiente estimulante — seja com brinquedos ou um espaço amplo onde ele possa se exercitar — para que ele se mantenha entretido tanto quando estiver ao seu lado quanto nos momentos em que ficar sozinho.
Por conta disso, o cão fica sem opções para se ocupar e acaba procurando por alternativas que o distraiam, como roer móveis, arranhar portas, rasgar o estofado do sofá, esconder o controle remoto etc.
Tudo isso funciona apenas como uma válvula de escape para ele descobrir novos sabores e aromas, texturas diferentes e, claro, aliviar possíveis incômodos na gengiva ou na dentição.
2.4. O CACHORRO É INCENTIVADO A MORDER
Entre as razões que provocam atitudes destrutivas em cães está o incentivo que eles recebem ao morder objetos e coisas enquanto ainda são pequenos. E os grandes responsáveis por isso, direta ou indiretamente, são os próprios tutores do animal.
Afinal, quando filhotes, os cachorros ainda estão descobrindo o ambiente onde vivem e usam constantemente a mordedura nesse processo. Portanto, não é de se estranhar vê-los mordiscando o que encontram pela frente — e isso inclui até mesmo partes do corpo (como as mãos e os pés) de quem cuida deles.
Porém, o que parece uma simples brincadeira inofensiva e que não recebe limites no momento certo se transforma, na percepção de seu pet, em um sinal de que ele — e não você — é chefe da matilha.
Isso porque, entre os traços herdados dos ancestrais dele, está a posição na hierarquia da matilha ou do bando. Ela é definida ainda nos primeiros meses de vida, por meio da demonstração de força e superioridade sobre outros cães.
Logo, se você não inibir esse ato, vai abrir espaço para que o bichinho entenda que pode morder o que quiser para chamar sua atenção ou marcar o território, por exemplo.
Depois de crescido, tentar reprimir esse comportamento com gritos ou broncas dificilmente surte efeito, já que ele não entende os conceitos sobre o que é certo e errado da mesma forma que nós, humanos.
Na verdade, o mais provável é que essa ação se torne estimulante e reforce suas atitudes, fazendo com que ele rasgue, morda e destrua ainda mais coisas.
2.5. O CACHORRO SIMPLESMENTE ESTÁ COM FOME
Por fim, um cão pode ter esse tipo de comportamento simplesmente porque está com fome. Na verdade, isso não significa que você não o está alimentando ou sendo relapso quanto a esse aspecto primordial na vida do animal; pelo contrário.
A razão por trás disso pode estar, por exemplo, naquilo que o pet ingere durante o dia. O cardápio diário dele pode estar deficiente de nutrientes — vitaminas, minerais ou fibras, por exemplo — dos quais ele precisa para crescer forte e saudável e ficar saciado após cada refeição.
Além disso, é possível que o metabolismo canino do seu amigão esteja mais acelerado do que o normal. Ainda, algum medicamento em uso pode causar, como efeito colateral, um aumento significativo no apetite do bichinho.
Então, como forma de aliviar essa sensação, ele mordisca tudo o que vê pela frente quando não encontra comida.
Em casos assim, é fundamental contar com acompanhamento veterinário para identificar a causa dessa fome contínua. Isso vai ajudar você a alimentar o cachorro de maneira correta e sem exageros.
3. ENTENDA COMO FAZER OS CACHORROS PARAREM DE DESTRUIR AS COISAS
Até aqui, você aprendeu o que é um comportamento de cachorro considerado normal e aquele que ultrapassa o limite e acaba se tornando exagerado. Portanto, agora é o momento de entender como fazer com que ele pare de destruir as coisas. O primeiro passo nessa missão é entender a razão pela qual o cão está agindo dessa maneira.
Afinal, como mostramos, há diversos motivos que podem causar isso. Chegar à causa é essencial para que o problema seja resolvido. Para tanto, você pode fazer uma análise da sua rotina com o animal.
Por exemplo:
veja se ele morde e danifica sua mobília enquanto está do seu lado ou se apenas faz isso quando fica só;
observe também se, quando ele tem brinquedos, não ataca nenhum objeto do lar;
veja, ainda, se ele é muito enérgico e está sempre em movimento ou querendo brincar.
Além disso, leve em consideração a idade do seu amigo de 4 patas. Caso ele seja um filhote — especialmente entre 3 a 7 meses de vida — há um fator a mais que pode influenciar no comportamento dele: a troca de dentição.
Entendida a causa, é a hora de focar na solução. Contudo, é importante ressaltar que você não vai fazer seu cachorro parar de morder, pois essa é uma característica dele e faz parte da forma como ele interage com o mundo ao redor.
Ou seja, sua missão é dar um novo alvo para esse hábito, para mantê-lo entretido — essa substituição é positiva e vantajosa tanto para ele quanto para você. Você pode, ainda, canalizar a energia que ele possui, empregando-a em atividades que relaxem e promovam o bem-estar dele.
Outro ponto importante é ser paciente enquanto readequa a postura do animal. Evite castigá-lo com ações potencialmente traumáticas, como prendê-lo por longos períodos, retirar sua comida ou gritar com ele. Tudo isso tem efeito oposto ao desejado. Além de ficar infeliz, o bichinho pode:
desenvolver agressividade;
ter um aumento considerável no nível de estresse;
tornar-se possessivo com os alimentos;
ficar ainda mais destrutivo.
Lembre-se que o seu companheiro de todas as horas precisa de carinho e atenção e que ele aprende o que é certo e errado não pelo que falamos, mas por associação e consequência.
Ou seja, ao se comportar de determinada maneira, ele vai avaliar o que aquilo lhe traz de bom ou ruim. Se o resultado for mais atenção, petiscos e carinho, ele tende a repetir o que fez mais vezes.
4. CONHEÇA OS 4 PRINCIPAIS CUIDADOS PARA EVITAR O PROBLEMA
Como falamos no tópico anterior, o seu foco é redirecionar a atenção do cão para alternativas que sejam capazes de inibir o comportamento destrutivo que ele vem apresentando. Nesse processo, alguns cuidados são necessários para garantir o seu êxito. Abaixo, nós listamos 4 deles:
4.1. OFEREÇA BRINQUEDOS QUE O DISTRAIAM
Um dos principais cuidados que o tutor pode ter para erradicar ou minimizar esse comportamento destrutivo do seu pet é investir em objetos que o mantenham ocupado, funcionando como distrações e, ainda, ajudando-o a dissipar sua energia acumulada.
Dessa forma, o cão não fica tão suscetível a episódios de ansiedade ou tédio. E o que melhor do que brinquedos para cumprir esse papel, não é verdade?
Afinal, há uma variedade de modelos com formatos, texturas e propostas diferentes que ajudam seu amigo de 4 patas a se entreter como novos alvos para mordiscar e aliviar o estresse. Isso é útil especialmente quando ele está sozinho porque você foi para o trabalho ou precisou sair por alguns instantes.
Alguns exemplos são:
as cordas;
as tradicionais bolas;
as pelúcias;
os mordedores;
os jogos de tabuleiro ou interativos.
Os últimos, inclusive, são ótimos para estimular o instinto, os sentidos — como o faro e a visão — e o raciocínio do animal.
Além disso, alguns deles, como o petball, ainda podem ser preenchidos com petiscos. Essa é uma opção ideal para não deixá-lo com fome quando você estiver ausente: seu cão fica distraído tentando devorar os petiscos e, além de relaxar, ainda se mantém alimentado.
Contudo, fique atento à faixa etária do seu bichinho para garantir que as opções de brinquedo sejam adequadas a ele, já que cachorros filhotes, jovens, adultos e seniores possuem mordeduras diferentes.
Logo, é importante escolher os objetos corretamente, para que ele não se machuque ou sofra acidentes enquanto brinca.
4.2. EXERCITE-O OU O LEVE PARA PASSEAR
Outro cuidado que influencia positivamente no comportamento do cachorro são as caminhadas. Um pet que não se exercita e passa muito tempo sem fazer nenhuma atividade aumenta seus níveis de estresse e ansiedade e não gasta sequer 20% da energia que possui.
Como resultado, ele destrói móveis e objetos de casa como válvula de escape, para se manter entretido durante o dia. Por essa razão, é tão importante proporcionar passeios diários ao seu cachorro.
Eles podem ser somente uma volta na praça, no parque ou até no quarteirão; não importa. O que vale mesmo é ele poder caminhar, sentir novos aromas, conhecer novos lugares e ter contato com outros animais e pessoas enquanto está ao seu lado. Vale sempre ressaltar que é preciso contar com uma coleira adequada.
Esses passeios podem ser, por exemplo, pela manhã ou no final da tarde e devem ter, em média, de 30 a 60 minutos.
Além disso, caso o seu cão esteja saudável e seja muito enérgico, a realização de atividades físicas — como corridas, ou esportes específicos para cães (a exemplo do agility ou flyball) — é uma ótima alternativa para ajudá-lo a se divertir, canalizar o pique que possui e se cansar de uma forma positiva.
De quebra, o condicionamento físico e a musculatura do seu companheiro inseparável são bastante beneficiados pelos exercícios.
4.3. ESTABELEÇA OS HORÁRIOS DE ALIMENTAÇÃO DO PET
Como já abordamos neste post, cachorros com fome podem agir de maneira similar àqueles que estão entediados e ansiosos. Assim, eles acabam mordendo tudo o que veem pela frente como forma de aliviar essa sensação. Por isso, é importante ficar atento à alimentação.
A primeira coisa a fazer é analisar dois pontos importantes:
com que frequência ele come — se há horários predefinidos ou se ele busca comida a qualquer momento, sem regras;
qual a quantidade de ração que ingere por refeição — se é balanceada e de acordo com peso dele ou, se além dela, ele ingere outros alimentos durante o dia.
Essas informações são cruciais para que você identifique o que está acontecendo de errado e provocando esse comportamento no animal. Caso sua conclusão seja que a dieta canina do seu amigo está desregulada, faça uma visita ao veterinário para que ele o oriente sobre como proceder.
Ele vai chegar a um ponto de equilíbrio, definindo o número de refeições que o pet deve fazer por dia e qual o intervalo ideal entre elas. Para definir isso, o vet leva em consideração o porte e a faixa etária dele. Cães idosos, por exemplo, precisam de um cardápio específico com uma ração rica em nutrientes que atenda às necessidades de seu organismo.
Além disso, esse acompanhamento serve para não apenas identificar, mas também tratar possíveis resultados de uma má alimentação, como obesidade e desnutrição.
4.4. EQUILIBRE O TEMPO EM QUE ELE ESTÁ SÓ E O QUE ELE PASSA AO SEU LADO
Por fim, é fundamental equilibrar os intervalos de tempo em que o seu cão fica só e aqueles em que você está ao seu lado. Afinal, é completamente normal que você tenha seus afazeres diários — como trabalho e compromissos — e nem sempre possa estar em casa ao lado do seu bichinho.
Porém, quando você estiver em seu lar, deve dar atenção a ele e realizar atividades diárias (como passeios ou exercícios físicos) que promovam interação social com o cachorro e o coloquem em contato com o mundo exterior. Outra opção é aproveitar os momentos livres do seu dia para brincar e adestrá-lo, ao mesmo tempo.
Petiscos e muito carinho são extremamente bem-vindos nessa hora. Isso porque muitos pets desenvolvem comportamentos destrutivos como forma de chamar atenção dos seus tutores, pois percebem que — ao rasgar, quebrar ou destruir algo — são notados pelas pessoas ao redor.
Logo, eles adotam isso como um hábito e passam a reproduzi-lo constantemente. Porém, esse não é o único problema causado pela solidão: cães que permanecem muito tempo em um mesmo ambiente sem contato com outros animais (e, principalmente, com a família) podem desenvolver o comportamento antissocial.
Ou seja, eles podem desaprender a lidar e conviver com as pessoas e talvez cheguem a se tornar mais agressivos, pois não há novidades ou estímulos à sua sociabilidade no local onde se encontram.
5. CONCLUSÃO
Como você leu ao longo do texto, faz parte do comportamento de cachorro morder, arranhar e cavar, pois essas são as maneiras que ele encontra para se manifestar e interagir com as pessoas e coisas ao seu redor.
Porém, há problemas que podem contribuir para expandir essas pequenas ações corriqueiras do pet e levá-lo ter um comportamento que venha a colocar em risco a estrutura e os bens do seu lar. Por isso, é importante estar atento a qualquer mudança e tomar os cuidados necessários para corrigir a situação.
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