Nome Científico: Pachypodium lamerei
Sinonímia: Pachypodium rutenbergianum, Pachypodium ramosum, Pachypodium menabeum, Pachypodium champenoisianum
Nomes Populares: Palmeira-de-madagascar, Paquipódio
Família: Apocynaceae
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Bonsai, Cactos e Suculentas, Plantas Tóxicas
Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Semi-árido, Tropical
Origem: África, Madagascar
Altura: 0.9 a 1.2 metros, 1.2 a 1.8 metros, 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Apesar do nome, a palmeira-de-madagascar não é uma palmeira. Trata-se de uma planta semi-suculenta, florífera e ornamental, de porte arbustivo a arbóreo, da mesma família das rosas-do-deserto e do jasmim-manga. O nome do gênero, ‘Pachypodium‘, vem da união das palavras gregas ‘pachy‘ que significa ‘grosso’, e ‘podium‘, que significa ‘pé’, uma alusão ao tronco engrossado das plantas desse gênero. Como o próprio nome popular já diz, trata-se de uma planta nativa da Ilha de Madagascar, na costa da África.
A palmeira-de-madagascar geralmente possui um tronco único, engrossado desde a base, típico do gênero, o paquicaule. Ele é uma adaptação para sobreviver por períodos de estiagem, e estoca água em seu interior. A casca é de cor cinza-prateada, brilhante e recoberto por pontiagudos espinhos reunidos em tubérculos. Na natureza e quando cultivado em condições favoráveis atinge de 2,5 a 6 metros de altura ou mais. Geralmente seu tronco cresce colunar até a primeira floração, o que ocorre quando ela alcança de 1,5 a 1,8 metros de altura e tem aproximadamente 10 anos, quando então pode se ramificar. Ocorrem ainda variedades diferentes da espécie, como a ‘ramosum’, ‘compactum’, ‘cristata’, ‘crested’ e a ‘monstruosum’
Suas folhas são simples, verdes-escuras, brilhantes, pecioladas, lanceoladas e com a face abaxial tomentosa. Elas tem cerca de 30 cm de comprimento e ficam dispostas de forma espiral no topo da planta, à semelhança de uma palmeira. Na primavera e começo do verão as plantas maduras e que crescem sob sol pleno florescem. As inflorescências são terminais, com pedúnculos fortes e ramificados, e flores muito vistosas, pentâmeras, brancas com o centro amarelo e bastante perfumadas. Se polinizada produz frutos semelhante a bananas, deiscentes, com numerosas sementes aladas.
De efeito escultural e exótico, a palmeira-de-madagascar torna-se facilmente uma planta de destaque no paisagismo. Com ela podemos brincar em diferentes estilos, desde tropicais, desérticos a contemporâneos. Lembre-se de valorizar o tronco da planta, cultivando ela com bom espaçamento e cobrindo o solo com pedriscos ou outra forração morta. Em jardins com tendência ao acúmulo de umidade, o local de escolha para o plantio da espécie deve ser elevado, aproveitando o relevo natural do terreno ou criando elevações artificialmente se necessário. Plante a palmeira-de-madagascar isolada, em grupos espaçados ou misturada com outras espécies, como agaves, crótons, cactos e suculentas.
Foto de Bach01
Infelizmente, o cultivo diretamente no jardim é restrito às regiões tropicais e semi-áridas. Em regiões frias, como no sul do país, a planta pode ser cultivada em vasos, da mesma forma que outros cactos e suculentas, ou mesmo fazendo parte da sua coleção de rosas-do-deserto. O importante aqui é proteger a planta durante o frio, trazendo-a para estufas ou ambientes internos nesse período, e posicionando ela de forma que pegue a luz solar direta através de uma janela ou clarabóia.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo arenoso ou substrato próprio para cactos e suculentas. A irrigação deve ser esparsa, molhando as plantas envasadas apenas quando o substrato se apresentar completamente seco. Se plantada em vasos, deve-se atentar que os mesmos tenham bons furos de drenagem. A palmeira-de-madagascar é muito sensível ao encharcamento, que leva ao rápido apodrecimento da planta, então cuide para não regar em excesso. Reenvase anualmente para troca do substrato compactado. Não tolera o frio invernal intenso (menos que 12ºC) ou geadas. Assim, em locais de clima temperado ou subtropical deve ser levada para interiores bem iluminados durante o inverno. No inverno, muitas plantas perdem as folhas e entram em dormência, para retomar o crescimento na primavera. É uma espécie bastante resistente a pragas e doenças, no entanto, plantas cultivadas em ambientes internos por longos períodos acabam suscetíveis a pulgões. Multiplica se por sementes ou estaquia do ramos jovens que surgem no topo da planta postas a enraizar na primavera.