Os beijos caninos em tempos de coronavírus

Os beijos caninos nos trazem conforto. Se você estiver cumprindo seu dever de isolamento social e estiver tentando reduzir o estresse atual, o amor e a companhia do seu amigo peludo podem ser de grande valor.

Os beijos caninos acalmam quase qualquer preocupação. Foi demonstrado pela ciência que os animais de estimação, principalmente cães e gatos, podem reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão. A companhia do seu bichinho pode aliviar a solidão, incentivar a prática de exercícios e a diversão, e até melhorar a sua saúde cardiovascular.

Recentemente, foram levantadas preocupações sobre se os animais domésticos podem desempenhar um papel na disseminação do COVID-19. Cabe lembrar que, em janeiro de 2020, o vírus foi temporariamente designado como o novo coronavírus de 2019 (2019-nCoV).

No entanto, em 11 de fevereiro, o vírus foi definitivamente chamado de SARS-Cov-2. A doença causada por esse vírus agora é chamada de ‘Doença do coronavírus 2019’ (abreviada ‘COVID-19’). A seguir, vamos resumir o que se sabe até agora.

Os beijos caninos podem ser uma rota de contágio para o COVID-19?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a propagação atual do COVID-19 é o resultado da transmissão de humano para humano. A entidade destaca que, até o momento, não há evidências de que os animais de companhia possam transmitir a doença.

Portanto, não há justificativa para tomar medidas que possam comprometer o bem-estar dos animais domésticos. As evidências atuais sugerem que o COVID-19 tem como fonte os animais selvagens, mas isso ainda está sob investigação.

Mulher abraçando seu cachorro

Existiu um exame positivo em um cão ou não?

Sim, em 1º de março, um cão da raça lulu da pomerânia em Hong Kong foi diagnosticado como positivo para COVID-19. O animal foi exposto depois que seus donos adoeceram com o coronavírus.

Amostras foram retiradas do nariz, boca e reto do cão e suas fezes foram analisadas. Apenas as amostras orais e nasais deram positivo para o coronavírus, ou seja, havia traços do vírus.

Os médicos insistem que isso não significa necessariamente que ele foi infectado. Outras amostras colhidas dois dias depois também deram positivo, embora o animal não tenha apresentado sintomas. O cachorro está em quarentena.

Cachorro com a língua de fora

Cabe ressaltar que o cão não mostrou sinais clínicos da doença. Também foi realizado um exame de sangue negativo, indicando que não há quantidades mensuráveis ​​de anticorpos no sangue nesse estágio.

A OIE afirma que “não há evidências de que os cães tenham um papel na disseminação desta doença humana ou que fiquem doentes”.

Sobre o “positivo fraco” do cão de Hong Kong, a Associação Veterinária Mundial para Animais de Estimação (WSAVA) afirma que “uma baixa quantidade de RNA viral do COVID-19 foi detectada nas amostras” e não se sabe se essas partículas são infecciosas ou se não têm capacidade de se espalhar.

Atualmente, não há evidências de que animais de estimação, como gatos e cães, tenham infectado seres humanos com o COVID-19; a transmissão do vírus ocorre apenas de humano para humano.

Somente se o dono estiver infectado ou for provável que esteja infectado com o COVID-19, a OIE recomenda evitar contato próximo com seus animais de estimação. Assim, as autoridades chinesas alertaram às pessoas infectadas para não beijarem seus animais de estimação. Nesses casos, outro membro da família deve cuidar dos animais.

Se o paciente for forçado a cuidar do seu animal de estimação, ele deve manter boas práticas de higiene e usar uma máscara facial, se possível. Você pode encontrar mais informações sobre a saúde dos animais de estimação em meio à atual pandemia no site da OIE.

Os beijos caninos em tempos de coronavírus

Quais cuidados preventivos as autoridades recomendam?

A Direção Geral de Direitos dos Animais do Governo da Espanha lembra que é permitido durante o período de quarentena:

  • Fazer pequenas caminhadas, apenas para atender às necessidades fisiológicas do animal.
  • Manter o cão na coleira desde o primeiro momento em que ele sai para passear.
  • Evitar sempre o contato com outros cães ou pessoas.
  • Usar garrafas de água com detergente para limpar a urina e usar sacos para recolher as fezes.

Sem dúvida, devemos adicionar a recomendação de lavar as mãos depois de tocar nos animais, pois a sua saliva pode espalhar outros germes, mesmo que o coronavírus não seja um problema.

Nota final sobre os beijos caninos

Segundo a OIE, não há motivo para entrar em pânico com os animais de estimação como possíveis vítimas ou portadores do coronavírus, pois não há evidências de que eles possam contrair a infecção.

O vírus COVID-19 parece estar bem adaptado para se espalhar entre as pessoas e, portanto, é improvável que passe para cães ou gatos. Não tenha medo de apreciar a companhia dos seus animais de estimação e os seus beijos caninos.

Muitos tipos de vírus, incluindo o resfriado comum, não podem ser transmitidos entre animais domésticos e pessoas. Os animais de estimação têm receptores celulares diferentes dos humanos, o que pode impedir que alguns vírus transmitidos pelo homem se liguem às células e causem uma infecção. Os vírus costumam ser específicos de cada espécie, como é o caso dos coronavírus caninos.

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