Animais podem hospedar partículas do vírus caso os donos estejam infectados. Recomendação é de quarentena para os bichos
Com os donos em quarentena, como fica o passeio dos animais? Muita gente pode pensar nos passeadores como alternativa, mas os profissionais também poderão ser expostos ao vírus. É o que alerta a médica infectologista Camila Almeida.
“O animal de uma pessoa que tem infecção, fica próximo do dono quando ela tosse ou espirra. O vírus pode ficar no ambiente e pode cair uma particular no animal e a gente não dá banho nos animais todo dia”, explica.
Existe a possibilidade de o vírus ficar e sobreviver na superfície desse animal e o cachorro pode servir como um veículo de transmissão do virus. “O risco é que o profissional que vai passear com o animal passe a mão, faça um carinho, e acabe contaminado. Vai infectar a mão, daí se o passeador põe a mão na boca, nos olhos, dessa forma pode se contaminar com o virus”, diz a médica.
Ainda não existem relatos de animais doentes, por isso a infectologista não vê necessidade de os passeadores usarem máscaras ou luvas. O ideal é que eles evitem fazer carinhos nos cachorros.
“Se precisar conter o animal por alguma razão, o profissional deve andar com um fraquinho de álcool gel no bolso e sempre depois que tiver contato com o animal deve higienizar as mãos”, recomenda. Também é impotante evitar levar as mãos aos olhos ou mucosas.
O passeador deve, antes de mais nada, checar se o dono do animal está doente ou não. Em caso de tutor infectado, o ideal é que o animal faça uma quarentena junto do dono.