Como criar acará-bandeira

Como criar acará-bandeira

Originário da Bacia Amazônica, o acará-bandeira (Pterophyllum scalare) é um peixe de carne saborosa. Pode ser criado tanto para consumo quanto ornamentação. Embora seja mais facilmente ambientado em locais de clima quente, tolera temperaturas mais amenas, ao redor de 20 graus célsius, o que permitiu à criação da espécie avançar por quase todo o território nacional.

Atualmente, os principais polos de produção da espécie estão localizados nos estados do Sudeste e Sul brasileiros. Em São Paulo, destacam-se as cidades de Ribeirão Preto, Tabatinga e Mogi das Cruzes e as regiões do Vale do Ribeira e Vale do Paraíba. Em Minas Gerais, sobressaem os municípios de Muriaé e Patrocínio de Muriaé, localizados na Zona da Mata, e, no Paraná, as cidades de Maringá, Londrina e Cascavel. No Rio de Janeiro, a criação ocorre principalmente na região norte do estado.

De beleza exótica e manejo simples, o acará-bandeira é uma opção interessante mesmo para produtores que não possuem experiência na atividade. O peixe tem corpo achatado e cores variadas. Alguns contam com listras e nadadeiras longas, chamadas de véu. São procurados para embelezar aquários e convivem bem com outras espécies.

Criado para o segmento de ornamentação, no qual é um dos mais comercializados no mundo inteiro, o acará-bandeira chega a medir aproximadamente 12 centímetros de comprimento. Aos três meses de idade, alcança três centímetros de comprimento, tamanho que já pode ser vendido para o mercado. O acará-bandeira é um peixe tranquilo, resistente e produtivo, come de tudo e se reproduz por meio de ovos. Gosta de desovar em folhas largas de plantas ou na superfície de pedras grandes e lisas. Os ovos são grudentos e podem aderir até em vidro de aquário. Se estiverem em local onde há presença de outros peixes predadores, é necessário transportá-los para outro recipiente para uma eclosão sem riscos.

Um cuidado que se deve ter na criação da espécie é quanto à distinção entre exemplares machos e fêmeas quando o peixe ainda é jovem, o que não é fácil visualmente. Para formar casais, pesquisadores afirmam que a prática mais adequada é, ao atingir de seis a sete centímetros de comprimento, manter de dez a 15 peixes juntos em caixas d’água, aquários grandes e outros recipientes adequados. Como são monogâmicos, os pares escolhidos acabam se isolando do grupo, possibilitando sua identificação.

RAIO-X
CRIAÇÃO MÍNIMA:
20 casais ou 60 adultos para formação de casais
CUSTO: oscila de R$ 8, o adulto das variedades leopardo, selvagem e marmorato, a R$ 40 as variedades véu, albino e negro
RETORNO: a comercialização pode começar aos três meses de idade
REPRODUÇÃO: inicia-se aos 12 meses de idade

MÃOS À OBRA
INÍCIO:
o acará-bandeira é encontrado em lojas de produtos agropecuários que também comercializam peixes, pássaros e outros pequenos animais. As principais variedades são o albino, o marmorato, o palhaço, o negro e o leopardo. Recomenda-se comprar exemplares adultos, pois na criação com alevinos corre-se o risco de existir parentesco entre os peixes, podendo surgir problemas de consanguinidade, como deformações de nadadeira e coluna vertebral.
AMBIENTE: a espécie pode ser criada em todas as regiões brasileiras, porém, preferencialmente, naquelas onde as temperaturas não ficam muito abaixo de 19 graus célsius. As de clima quente, com média de 27 graus, são as ideais.
INSTALAÇÕES: simples, sem muitas exigências, devem contar com uma estufa ou cômodo na propriedade, seja um sítio, uma chácara ou até mesmo uma residência, para manter uma temperatura mais elevada durante o período de reprodução. O acará-bandeira pode ser criado em aquários, caixas d’água ou viveiros – tanques escavados no chão.
CUIDADOS: O local de criação deve ser limpo. Em aquários e caixas d’água, é preciso retirar frequentemente as sujeiras acumuladas e trocar a água. Em tanques escavados, faça adubação química ou orgânica e a calagem e garanta que a água seja de qualidade.
ALIMENTAÇÃO: o acará-bandeira é um peixe onívoro. Apesar de comer de tudo, deve receber algum tipo de alimento vivo para estimular a reprodução. Para os adultos, são indicados larvas de insetos, camarão fresco moído e pequenos crustáceos de água doce. Para as larvas, assim que elas começam a se movimentar, também forneça infusórios e náuplios de artêmia duas vezes ao dia até a segunda semana após a eclosão ter ocorrido. Em seguida, acrescente ração em pó gradativamente, proporcional à retirada de alimentos vivos da refeição diária dos alevinos. A quantidade de ração deve acompanhar o crescimento do peixe.
REPRODUÇÃO: aos 12 meses de idade, o acará-bandeira está apto à reprodução. O peixe pode desovar de 80 a 600 ovos por acasalamento. A quantidade liberada depende de idade, tamanho e nutrição dos reprodutores. A desova pode ocorrer em folhas largas de plantas, troncos e outras superfícies lisas dentro da água, inclusive nas paredes do aquário. De acordo com a temperatura da água, em torno de 48 horas acontece a eclosão, a uma taxa de 70 a 80%. Após três semanas, os alevinos devem ser transferidos para os locais onde continuarão a crescer.
PROTEÇÃO: apesar de protetores, quando estressados os pais tendem a comer as larvas. Recomenda-se colocar no aquário dos reprodutores canos de PVC, cortados ao meio e longitudinalmente, para receber a desova. Liberados os ovos, transfira o material para que a eclosão ocorra em outro aquário, livre de qualquer ameaça. Além disso, sem ter de cuidar da desova, os pais reduzem o tempo para reiniciar a reprodução.

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