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O surgimento do novo coronavírus trouxe dúvidas sobre a coronavirose canina. Porém, especialistas lembram que essa doença, que afeta especialmente os pets jovens, não possui relações com a COVID-19. Isso não significa, entretanto, que a coronavirose canina não seja perigosa.
Assim como outras enfermidades infecciosas, é necessário atenção e cuidado para proteger nossos amigos de quatro patas. Continue lendo para saber o que é coronavirose canina, seus sintomas e tratamento.
O que é coronavirose canina?
Com a pandemia de COVID-19, o termo “coronavírus” ganhou as manchetes de todo mundo. Algumas informações acabaram confundindo a cabeça de tutores preocupados com o coronavírus canino no Brasil. Entretanto, é importante ressaltar que essas doenças são bem diferentes.
“A única semelhança entre os vírus é que pertencem à mesma família. Porém, eles são espécies completamente distintas”, explica o Dr. Bruno Saito, médico-veterinário da Petz.
Assim, ambas as doenças são causadas por um tipo de coronavírus. Mas a semelhança se encerra aí, já que o coronavírus canino não ataca humanos e não há provas de que os pets não se contaminem com COVID-19.
“Em outras palavras, comparar os dois vírus é a mesma coisa que compararmos um gato com um leão”, afirma o Dr. Bruno. Entretanto, a coronavirose canina também merece atenção, pois causa muito desconforto e prejuízos para os peludos.
Os dois tipos de coronavírus canino
O coronavírus, na verdade, representa um grupo grande de doenças que podem afetar humanos, cachorros e até gatos. Entre eles há duas espécies principais que atacam os cães. São elas:
- Coronavirus entérico canino: esse vírus ataca o intestino do pet, causando vômitos e diarreia. É mais comum entre filhotes. No meio médico, é chamado de CCoV ou CECoV.
- Coronavírus respiratório canino: também chamado de CRCoV no meio veterinário, esse vírus ataca o sistema respiratório, levando a um quadro de gripe. Muitas vezes, é o responsável pela chamada “tosse dos canis” ou “traqueobronquite infecciosa canina”.
Apesar dos dois vírus serem parte da família do coronavírus, quando falamos em coronavirose canina, geralmente estamos nos referindo ao coronavírus entérico canino, ou CCoV, doença que causa problemas intestinais.
Formas de contaminação
O contágio de coronavirose canina ocorre quando o cachorro ingere o vírus através de água ou alimento contaminado. Dentro do corpo, o vírus viaja até o sistema digestivo e infecta as células do estômago. Ali, se reproduz intensamente, rompendo a célula e caindo novamente no sistema digestivo.
As células ficam danificadas e incapazes de realizar sua função, gerando os incômodos no pet. Já o vírus continua seu trajeto, saindo nas fezes. Como os peludos costumam não ser muito rigorosos no quesito higiene, a coronavirose canina é considerada uma doença bastante contagiosa.
Sintomas da coronavirose canina
Em casos de coronavirose canina, o vírus ataca o intestino do pet. Assim, o peludo apresenta diversos sinais relacionados ao sistema digestivo. Os principais são:
- Vômitos;
- Apatia;
- Perda de apetite;
- Diarreia,
- Sangue nas fezes.
Quando se trata de coronavirose, os sintomas acima são um tanto genéricos, o que dificulta o diagnóstico pelo veterinário. Por isso, se seu peludo apresentar qualquer alteração de comportamento, busque ajuda de um profissional o mais rápido possível.
Diagnóstico e tratamento
A coronavirose apresenta características semelhantes a outras doenças comuns em filhotes, como a parvovirose. Assim, seu diagnóstico pode ser um desafio, mas os médicos-veterinários brasileiros sabem como tratar coronavirose canina. De acordo com especialistas, alguns exames podem detectar a presença do vírus nas fezes.
O tratamento, por sua vez, segue a chamada terapia de suporte, que consiste em fornecer formas de o peludo se manter forte e combater o vírus. Essas medidas consistem em administração de soro, hidratação intensa, suplementos alimentares, antibióticos, um espaço confortável e, claro, muito carinho.
Há muitas dúvidas sobre se a coronavirose canina tem cura. Porém, geralmente, o próprio organismo do pet consegue combater a doença e, em algumas semanas, o cãozinho está saudável. Entretanto, a coronavirose canina pode ser um problema grave, especialmente para filhotes e cães mais velhos.
Prevenção e vacinação
Agora que você já sabe o que é coronavirose canina, é preciso saber como prevenir seu cão. Como o contágio da coronavirose canina se dá pela ingestão do vírus, a prevenção consiste em manter uma boa higiene, além de evitar que seu peludo interaja com pets desconhecidos. Esses cuidados devem ser ainda maiores caso seu filho de quatro patas seja filhote, idoso, ou apresente doenças sistêmicas.
Vale lembrar que a vacina V8 e v10, presente no calendário básico de vacinação dos cachorros, também serve como uma vacina contra coronavirose canina. Seguir o protocolo de imunização do seu filho de quatro patas é essencial para mantê-lo seguro de diversas doenças.
Além disso, é importante oferecer uma ração de qualidade, exercícios diários e visitas regulares ao veterinário.
