História do aquarismo ornamental

História do aquarismo ornamental
Enganam-se quem acredita que a pratica de criar peixes em tanques ou lagos artificiais, é algo da vida moderna. Há indícios de que os egípcios foram os primeiros seres humanos a terem a idéia de manter peixes em aquários, isso porque foram encontrados em sarcófagos e tumbas desenhos e frases dando a entender que essa prática já existia. Não se sabe se a idéia era somente para ornamentação ou para a simples alimentação, afinal de contas um tanque cheio de peixes não deixa de ser um grande estoque de alimento.
A Grécia também teve participação do desenvolvimento da aquariofilia. Um dos maiores filósofos da época, Aristóteles certa vez ao observar o mar, notou a presença de várias espécies de peixes e fez o grande favor de estudá-los, descrevendo o comportamento de nada menos do que 115 espécies diferentes. Nascia assim uma nova ciência, chamada de ictiologia que em grego significa “estudo dos peixes”
Os chineses continuaram o legado de desenvolvimento do aquarismo. Foram eles os primeiros a fazer cruzamentos entre as espécies (970 a 1280). Foi na dinastia Sung que se desenvolveu a criação do peixe Dourado, ainda sem as belas e grandes nadadeiras que vemos nos dias de hoje. Apesar de “nascer” na China, o peixe dourado, mais conhecido como Kinguio, ganhou popularidade no Japão, tanto que até hoje é chamado de peixe japonês.
A primeira grande obra foi “Livro dos peixes dourados”, ou em chinês “Chu Sha Yu P’U” escrito pelo chinês “Chang Chi Em-Tê”. Essa obra foi à porta de entrada para a literatura da aquariofilia, nela o autor quis mostrar, e até mesmo ensinar as técnicas sobre alimentação, manutenção e limpeza.
Foi a partir do século XIX que surgiram os aquários que conhecemos hoje. Pratica muito comum na época, criar peixes em pequenos frascos, hoje é considerado um desrespeito para com o peixe.
Os americanos contribuíram com vários livros sobre o assunto, entre eles o “Exotic Aquárium Fishs”, mas foi por volta de 1850 quando, R.Hamington descreveu como conseguia manter com êxito um aquário. Foi a partir daí que a comunidade científica passou a se interessar pelo assunto.
Em pouco tempo a aquariofilia disseminou-se e tornou-se um grande desafio para seus apreciadores dando asas a imaginação, fazendo com que os aquaristas fossem cada vez mais ambiciosos, em relação a peixes, plantas e equipamentos.
Foi H. Noel Humphreys o primeiro a perceber que um super povoamento de um aquário, era maléfico aos peixes, pois os peixes não conseguiam adaptar-se em poucos centímetros de água. O avanço tecnológico proporcionou ao aquarista ir em busca de novos peixes (em sua maioria peixes não nativos). Isso propiciou ao aquarista brasileiro, por exemplo, criar peixes asiáticos, peixes esses com ph e temperatura diferentes dos nossos.
Reza a lenda que o primeiro tanque tinha o fundo de ardósia e que eram aquecidos por baixo com queimadores a gás, algo muito precário visto que hoje em dia temor os aquecedores com termostato.
O Aquarismo no Brasil
Deve ter sido mais ou menos na mesma época, final do século XIX, que a aquariofilia começa no Brasil, não há registros precisos de quem e quando, mas há fortes indícios. Aliás, muito antes disso já haviam precedentes.
Os índios brasileiros não criavam animais para abate, mas para companhia. Peixes, entretanto, eram armazenados em grandes cestos à beira dos rios, estes sim, eram mantidos para alimentação. Mas a vocação do índio brasileiro em manter animais pelo prazer de sua companhia já era notória.
No Sudeste por volta do final do século XVIII mais precisamente, na região de Campinas, existiam e ainda existem pequenos açudes e barragens, construídos para a piscicultura. Mas sem a tecnologia adequada, muitos destes tanques acabavam destruídos pela força das águas. Alguns poucos açudes intactos e alguns indícios em ruínas ainda existem até hoje.
O crescimento do Aquarismo no Brasil atraia diversos pesquisadores de todo o mundo para o país inclusive Hans Grien, este foi o fundador da primeira loja de aquarismo do país, a Aquário-Rio.
Em São Paulo, o aquarismo cresceu vertiginosamente e de maneira bastante organizada. Em 6 de Junho de 1953 é fundado o Núcleo de Aquarianos da Sociedade Geográfica Brasileira, a primeira associação de aquarismo do país.
Em 7 de Novembro de 1943, houve um evento marcante para o aquarismo paulistano e brasileiro: A 1º Exposição de Peixes Ornamentais, realizada no Parque da Água Branca. O sucesso foi monstruoso! O então presidente Jânio Quadros esteve presente em sua inauguração! Milhares de pessoas puderam observar peixes nacionais e exóticos, como fantástico Betta splendes da Ásia.
Os anos do Pós-Guerra (1945 até 1960) ficaram marcados pelo salto de evolução do aquarismo no Brasil, pois é nessa época que o alemão Dr. Herbert Axerold consegue fazer a primeira reprodução de Acarás-Disco e Neons.
O Aquarismo Marinho
Por volta de 1800, já existia a vontade de criar peixes marinhos em aquário, porém os equipamentos existentes, principalmente os filtros eram ainda muito precários. Os filtros existentes como os de lã, cascalho e carvão ativado não funcionavam no ambiente marinho. O funcionamento biológico marinho era desconhecido e assim era impossível atingir um equilíbrio mínimo para manter espécies marinhas em aquário. Os únicos que conseguiam chegar próximo desse equilíbrio eram os aquários públicos, devido à constante troca de água.
Na década de 40 surgiu com a introdução do filtro biológico de fundo foi possível pela primeira vez manter certas espécies marinhas em cativeiro! Ainda por pouco tempo, tudo muito experimental, mas já era o suficiente para entusiasmar os mais apaixonados a mergulharem de cabeça no hobby.
Os primeiros aquários marinhos surgiram na Europa e nos EUA, em seguida no Japão, e eram bem diferentes dos aquários atuais. Até pouco tempo, mais aproximadamente nos anos 80 os aquários marinhos eram decorados com esqueletos mortos de corais e repletos de algas filamentosas verdes, esse era o layout da época.
Uma vasta espécie de peixes e invertebrados vivem tranquilamente em aquários montados apenas com o filtro biológico de fundo, filtragem esta hoje chamada de primitiva!
Em 1974 houve os primeiros registros da reprodução em cativeiro de algumas espécies de Peixes Palhaço.
A década de 80 foi crucial para o desenvolvimento do aquário de água salgada, pois foi exatamente nessa época que surgiram filtros ideais para esse tipo de aquário, como o Skimmer e o filtro Dry Wet.
Em 1885 surgem na Alemanha os primeiros aquários marinhos de rochas vivas, inspirados no Sistema Natural. A grande sacada deste sistema é criar um ambiente propício para o desenvolvimento de toda uma cepa de bactérias anaeróbicas (que vivem sem oxigênio) que consegue processar o nitrato, elemento resultante do processamento biológico que até então se acumulava no aquário, causando a explosão de algas verdes.
Em 1988 o biólogo chamado Jean Joubert, França, baseado no modelo do Sistema Natural e com os avanços do Sistema de Rochas Vivas, desenvolveu um Sistema em que a camada de cascalho alta criava não só um ambiente propício às bactérias anaeróbicas, como também permitia a reposição de sais carbonatos à água, essenciais para o desenvolvimento de muitos invertebrados. Esse sistema foi chamado de sistema Joubert em sua homenagem.
Com o surgimento dos primeiros reatores de cálcio em 1989, finalmente se torna realidade manter a grande maioria dos organismos marinhos, e também muitas espécies de tubarões e arraias, que, apesar de já constarem da lista de espécies dos aquários públicos, agora eles poderiam habitar aquários domésticos.

A década de 90 foi responsável por disseminar esses sistemas e seus avanços a aquaristas de todo o mundo, e desde então o desenvolvimento é levado a sério pelos fabricantes disponibilizando cada vez mais tecnologias para que o aquarista consiga reproduzir em seu aquário o biótipo que quiser e o ajudando com sua manutenção.

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