Movimento Mineiro pelos Direitos Animais denuncia canil que quer descartar cão explorado para guarda por estar velho

O Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA) registrou uma denúncia no Ministério Público sobre o caso de um cão da raça Fila, de cerca de oito anos, que deverá ser sacrificado porque está velho. Lúcio, como vizinhos o chamam, está há mais de um ano “alugado” para tomar conta de um imóvel na rua Major Lopes sem número, ao lado do número 457, bairro São Pedro, zona sul de Belo Horizonte (ver foto).

“Pessoas que moram perto disseram que sempre colocam comida para ele pela grade porque ele estava muito magro. O funcionário do canil Amaral Andrade recentemente informou aos moradores que ele seria retirado do imóvel porque haveria uma reforma e, se não arrumasse adotante, ele seria eutanasiado pelo canil porque já está velho”, diz o texto da denúncia do MMDA no Ministério Público.

Revoltados, os moradores procuraram uma protetora que integra o MMDA pedindo ajuda para achar adotante e fizeram a denúncia. Eles relataram também que há alguns dias dois pastores foram colocados no imóvel e que eles ficam presos em quarto fechado, com pouca comida. O funcionário da Amaral Andrade, segundo eles, tem ido ao imóvel alimentar animais apenas duas vezes por semana. Outro fato sobre o Lúcio é que, além de magro, estava cheio de carrapatos e que o canil não se preocupou em arrumar remédio.

“Uma moradora comprou e deu remédio de carrapato para ele. O Lúcio só não está magro agora por causa dos moradores que o alimentam e dão carinho todos os dias há um bom tempo. Eles estão revoltados com a situação do animal e estão divulgando-o para adoção, mas por se tratar de um cão grande e já não muito novo, não estão conseguindo adotantes”, continua a denúncia do MMDA.

Os moradores estão pensando em fazer uma vaquinha para tentar levá-lo para um lar temporário pago e pediram ao MMDA providências em relação ao comportamento do canil Amaral Andrade com o Lúcio e outros animais do canil. “É um absurdo a empresa ter lucro com animal, deixa-o sozinho sem outros animais e sem ninguém e, quando ele fica velho, cometerem crime de maus tratos ao deixá-lo com pouca comida, cheio de carrapatos e ainda levá-lo para eutanásia”, conclui o relato do MMDA ao Ministério Público.

“Animais não são objetos que se usa e descarta, não são produtos. Eles sentem alegria, tristeza e dor como nós! É urgente que sejam tomadas providências em relação a canis que alugam animais”, declarou Adriana Araújo, coordenadora do MMDA.

 

 

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