Quem tem um pet em casa não duvida de que nossos amigos são capazes de fazer milagres. Pois saiba que não são só os amantes de cachorros que acham isso. O uso de cão terapeuta para tratamentos é cada dia mais aprovado por médicos e pesquisadores.
Com seu jeito encantador, os peludos auxiliam pacientes de diferentes enfermidades, comprovando que um cachorro sempre melhora qualquer situação. Se você é um apaixonado por pets e gostaria de aprender mais sobre cão terapeuta, continue lendo. Elaboramos um guia tirando todas as dúvidas sobre o assunto.
O que é a cinoterapia
A palavra pode parecer um pouco estranha, mas o significado de o que é cinoterapia é bem fácil de entender. “Cino” significa cão em grego. Assim, cinoterapia nada mais é que uma terapia com pets.
O uso de animais no tratamento de diferentes enfermidades é uma prática antiga. Pesquisas indicam que os europeus foram os primeiros a utilizar cachorros e outros pets para auxiliar pessoas doentes.
No Brasil, a professora Nise da Silveira foi uma das pioneiras, introduzindo a terapia com cachorros no tratamento de pessoas com esquizofrenia. E, com o passar do tempo, mais e mais pesquisas comprovaram: um cão realmente ajuda e muito aqueles que precisam.
Benefícios da cinoterapia
A presença de um cão terapeuta pode auxiliar e muito um paciente em terapia. De acordo com estudos, o contato com o pet gera identificação. O que estimula sua recuperação, por aumentar a confiança e a autoestima.
E esses benefícios são sentidos já no início. Pesquisas mostram que após 15 minutos de contato com um cão terapeuta, os pacientes demonstram melhora nos seguintes quadros:
- Ansiedade;
- Pressão arterial;
- Alta frequência cardíaca;
- Triglicérides;
- Colesterol;
- Estresse,
- Depressão.
Ou seja, se seu dia fica melhor só de encontrar seu melhor amigo, saiba que essa sensação é comprovada pela ciência. Aliás, a cinoterapia tem outro ponto fundamental que é muito bem-vindo em qualquer tratamento: a sensação de bem-estar.
Com o jeito fofo e divertido dos cachorros, eles provocam uma reação prazerosa nos pacientes. E esse sentimento também tem um fundo científico, pois estudos comprovaram que o contato com os peludos estimula a produção de endorfina e adrenalina, dois hormônios importantes para nos sentirmos bem.
A médio prazo os benefícios continuam. De acordo com dados de institutos de zooterapia, após certo tempo de convivência, os pacientes demonstram melhora nos seguintes quadros:
- Socialização;
- Comunicação;
- Memória;
- Concentração;
- Afetividade;
- Autoestima;
- Estabelecimento de vínculos,
- Prática de atividades físicas.
Como é o trabalho de um cão terapeuta
Seu filho de quatro patas pode até ser seu melhor amigo, mas nem todo pet tem o temperamento certo para se tornar um cachorro indicado para terapia. A Dra. Alessandra Pedroso, médica-veterinária da Petz explica que há um procedimento rigoroso que o peludo deve seguir antes de se tornar um cão terapeuta.
“Existe um protocolo a ser seguido. Os pets devem estar com a vacinação e a vermifugação em dia, não podem possuir pulgas nem ingerir carne ou leite. Devem estar sadios, limpos e escovados para garantir uma visita saudável”, comenta. Afinal, não podemos nos esquecer de que o peludo vai visitar pessoas com a saúde fragilizada.
Além disso, o perfil de cães terapeutas também é especial. O pet precisa ter um comportamento calmo e pacífico, podendo lidar com diferentes públicos. Alguns dos traços de personalidade essenciais são:
- Calma;
- Adestramento básico;
- Boa convivência com pessoas de todas as idades;
- Boa convivência com outros animais;
- Conseguir manter a calma em situações de estresse,
- Não ter registro de agressividade.
Com as características acima e algum treinamento, o pet logo poderá iniciar sua vida de cão terapeuta! É importante ressaltar que esta não é uma profissão de tempo integral.
Diferentemente do cão de assistência, o pet terapeuta faz visitas ocasionais a uma instituição, auxiliando os pacientes. Fora dali, segue sua vida de cachorro, sem muitas responsabilidades. Assim, o treinamento precisa ser seguido, mas não é tão intenso como o de um cão-guia, por exemplo.
Quando a cinoterapia é receitada
De uma maneira geral, a cinoterapia pode ser receitada para diferentes doenças, desde quadros leves até pacientes com deficiências graves. Tudo vai depender da orientação do médico. A Dra. Alessandra explica que o cachorro terapeuta costuma ser mais utilizado nos seguintes quadros:
- Ansiedade;
- Autismo;
- Transtornos sociais;
- Deficiências de aprendizagem;
- Esquizofrenia;
- Pacientes hospitalizados,
- Pacientes com câncer.
Entretanto, devemos nos lembrar de que quando o assunto é saúde, o médico é a autoridade máxima. Cabe ao especialista verificar se a cinoterapia poderá trazer benefícios para o paciente. Caso tenha interesse em participar da cinoterapia como paciente, procure seu médico e pergunte sobre o procedimento.
Agora, se você quer que o peludo ajude outras pessoas sendo um cão terapeuta, pesquise qual instituição de saúde da sua cidade oferece esse procedimento. Alguns hospitais e clínicas aceitam cãezinhos e, após uma análise e treinamento, convidam os pets a ajudar na recuperação de seus pacientes.