Quando você leu a frase “animais que brilham”, certamente seu primeiro pensamento foi o vaga-lume. No entanto, o número de seres vivos capazes de emitir luz é muito maior do que se pode imaginar.
Denominado bioluminescência, esse processo é encontrado principalmente em invertebrados e animais marinhos. Nas linhas a seguir, vamos nos aprofundar um pouco no processo de produção de luz e você vai conhecer alguns animais bioluminescentes. Não perca!
O que é a bioluminescência?
A bioluminescência é o processo pelo qual alguns animais emitem luz de forma ativa – e não deve ser confundida com a biofluorescência, que é um reflexo da luz. Esse processo pode ocorrer de 3 maneiras diferentes, que são as seguintes:
- Bioluminescência intracelular: a luz é produzida por células especializadas dentro do próprio corpo do animal. Esse tipo de bioluminescência está presente em muitas espécies de lula.
- Bioluminescência extracelular: é um processo de oxidação de luciferina, que dá origem à enzima luciferase. Quando liberada, a luciferase produz nuvens luminosas. Os vaga-lumes e alguns animais abissais produzem luz dessa maneira.
- Bioluminescência por simbiose com bactérias luminescentes: os animais que brilham por esse método controlam a emissão de luz através dos fotóforos, pequenos sacos onde guardam as bactérias bioluminescentes.
A bioluminescência tem várias funções de sobrevivência – camuflagem, alerta – e de reprodução, já que faz parte do cortejo de algumas espécies. Em certos casos, é usada inclusive para atrair presas. Se você quiser saber quais animais brilham com luz própria, poderá encontrar abaixo os exemplos mais fascinantes.
6 animais que brilham com luz própria
Certamente você já ouviu falar de alguns desses seres vivos luminescentes, mas ser capaz de reproduzir esse fenômeno não tem a ver com pertencer a uma espécie ou outra. Conheça 6 animais capazes de brilhar com luz própria.
1. Vaga-lumes
Existem cerca de 2000 espécies de vaga-lumes e cada uma delas tem sua maneira própria de brilhar. Esses insetos emitem luz pela oxidação da luciferina e brilham desde a fase larval. Na idade adulta, eles usam essa qualidade para encontrar um parceiro.

2. Escorpião
Embora existam várias teorias, ainda não está muito claro qual é o papel da bioluminescência no escorpião. Todas as espécies brilham sob a luz ultravioleta. Além disso, a intensidade do seu brilho aumenta à medida que ocorrem as mudas, o que é muito útil para estimar a idade do espécime.

3. A lula Watasenia scintillans
Essa pequena espécie de lula – com apenas 7 centímetros de comprimento – usa uma técnica incrível para se camuflar: a contrailuminação. Quando quer, ela imita o padrão de refração da luz através da superfície da água, de modo que os predadores que a veem de baixo não serão capazes de distingui-la.
Existem várias espécies desses cefalópodes que são consideradas bioluminescentes, mas essa espécie específica é conhecida pelo show de luzes produzida na Baía de Toyama (Japão) quando se dirigem à costa para desovar.

4. O tamboril Lophius piscatorius
Esse peixe abissal já é bastante conhecido devido ao seu aspecto peculiar. A fêmea mede cerca de 15 centímetros de altura e tem na cabeça um órgão chamado vela, semelhante a uma vara de pescar com uma luz na ponta. Com isso, esse peixe gera a luz com a qual atrai possíveis presas em meio à escuridão das profundezas.

5. Água-viva arco-íris
Existem muitos tipos de águas-vivas bioluminescentes, mas a aparência dessa espécie específica é peculiarmente bela. Na verdade, a luz própria dessa água-viva é um método de defesa, já que assim ela pode atrair animais que se alimentam do seu predador.
Essa espécie é relativamente grande para uma água-viva – cerca de 13 centímetros – mas extremamente delicada: o simples toque de uma rede pode destruí-la.
